É que afinal de contas, não se aprende a andar de bicicleta sem cair. Na vida, apesar dos altos e baixos muitas coisas que parecem ser "levianas", são as que mais nos ensinam. E não tenho medo que me julguem pelos meus erros, sabe? Eu tô aqui é pra aprender mesmo, é pra errar pra caramba e se for preciso, levantar o dedo do meio pra essa cambada que vive de viver a vida alheia...mas e daí se eu gosto de uns goles a mais nos finais de semana? Até agora ninguém chegou pra pagar as minhas contas, então se eu bebo à noite, é problema meu! Se eu pago mico, é problema meu! Se eu subir no palanque da balada e descer na boquinha da garrafa, ainda assim a vida continua sendo minha. E vocês vão ser sempre a minha plateia. Ou acham que eu não aprendi que nem só de encher a cara vive o homem? Pensam mesmo que sou tão pinguço a ponto de almoçar e jantar cachaça? Mas tudo bem...uma crítica aqui, outra acolá não mata ninguém. Mas é que não custa chegar e perguntar o porquê de tanta cerveja na mesa, ou o cinzeiro esborrotado de cinzas e a paquera rolando solta com todo o bar, né? É que na vida eu já ralei tanto, levei tantos "nãos" amorosos que só uma cerveja bem gelada pra me fazer rir e claro, que quando a mesa tá rodeada de amigos, não tem nada melhor. E quando der meia noite, só mais uma cerveja pra virar o dia...e mais uma! É uma sede mais interna do que externa, talvez uma carência...QUEM SABE? Mas nunca, jamais, em hipótese alguma um alcoolismo. E eu adoro um bom chope depois do expediente, mas isso não significa que eu seja viciado ou até mesmo dependente.
Pra ser bem sincero eu já aceitei o fato que mesa de bar, cerveja e cigarro não traz o amor de nossas vidas em 7 dias...mas com toda a certeza, me faz esquecer esse amor por 7 dias ou mais. E é tão bom saber que essa sensação de estar amando só é mais forte quando eu estou lá, cantando alto, dançando, passando mil e um olhares para os colegas pinguços etc. é como se eu fosse dependente não da mesa, não da cerveja, mas da essência e da sensação que é falar de quem a gente gosta. Ah, mas nem os carnavais de fevereiro superam uma boa mesa rodeada de amigos e aquela cervejinha gelada. E o coração continua pulsar, muito mais VIVO do que o meu próprio cérebro (que inclusive já aceitou o fato do coração estar vazio), mas não seco, esturricado como um chão desertificado...apenas sem um love pra chamar de "amor" ou pra chamar de "meu".
Simplesmente AMEI. Parabéns, Bruno... Belo talento. Te adoro :*
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